domingo, 8 de maio de 2011

Obrigada, eu te amo!

Ontem, dia 07 de maio de 2011, foi um dia muito significativo para mim. Eu passei a minha manhã em um evento chamado “Dia da Família” e “Dia das Mães”, comemorado pelas escolas municipais. Minha mãe, como professora, participou desse evento e eu fui para conhecer um pouco mais do trabalho dela. Logo que chegamos, eu presenciei uma realidade, que em minha opinião, deve ser tratada com um pouco mais de atenção.  Uma menina, de aproximadamente cinco anos, agarrou-se nos braços da amiga da minha mãe, sem nem dirigir uma palavra se quer a ela. No momento, fiquei um pouco sem saber o que pensar. Não sabia se a menina estava perdida, se ela estava confundindo a amiga da minha mãe com a sua mãe, ou não sabia se simplesmente ela queria um pouco de atenção. Tempos depois, descobri que essa menina e seus irmãos foram deixados por sua mãe e que vivem apenas com o pai. Foi aí, então, que a ficha caiu para mim. O lugar em que eu estava era um lugar totalmente diferente da realidade em que vivo. Era um lugar sem harmonia, sem cuidados, sem um responsável de pulso firme por ele.
Ao longo da manhã, as turmas da escola fizeram suas apresentações para as mães. Até então, tudo estava normal: crianças homenageando as suas mães, como em qualquer outra escola. Mas a partir do momento em que me sentei no chão e parei para, realmente, prestar atenção no que as crianças estavam fazendo, correu a primeira lágrima ao longo do meu rosto. Por mais simples que aquilo era, a alegria estampada no rosto de cada criança que cantava ou recitava um poema, tocou fundo no meu coração. A inocência e a aflição que cada criança daquela escola me transpassava, fez-me repensar em cada conceito meu.
O que me veio à mente foi: como uma criança, por menor que ela seja, consegue amar e alegrar uma mãe, da forma que aquelas conseguiam? Aquilo para mim era muito complexo, muito novo. Havia crianças perdidas, sem suas mães, simplesmente jogadas ao “mausoléu”, mas que mesmo assim transmitiam alegria a todos que acompanhavam as apresentações. Foi a partir disso que procurei renovar meus pensamentos e a me preocupar um pouco mais com o próximo. Renovar meus pensamentos, no sentido de agradecer todos os dias pela mãe que eu tenho que me dá amor, carinho e a devida atenção que um filho merece. Que mesmo ausente algumas vezes, está sempre com o pensamento e a preocupação em mim.
Como é dia das mães e tudo isso me fez ver além do que eu posso, resolvi, a partir disso, prestar a minha homenagem à mulher mais amada da minha vida. Essa mulher chama-se Rosane. No seu caso, caro leitor, ela deve ter outro nome, ou por coincidência o mesmo. Com nomes iguais ou não, trata-se de nossas mães. Sejam brancas, pretas, índias, mulatas, amarelas, ou seja lá o que forem, são elas as pessoas mais importantes de nossas vidas.
Acredito que desde quando eu era uma “sementinha” eu já sabia exatamente quem eu queria que fosse o meu anjo da guarda: a minha mãe. É ela, apenas ela, quem me conhece por inteiro, desde os meus mais íntimos defeitos até a minha mais íntima qualidade. É ela quem sempre sabe o que eu fiz de errado e tenta me corrigir da maneira como acha que deve ser. É ela quem me apoia nas minhas decisões, no meu crescimento, nos meus sonhos. É ela quem sempre me acompanha e acompanhará em qualquer lugar, seja fisicamente ou no pensamento. É ela quem sempre vai apontar o meu mais grave erro e quem sempre vai me defender dos que me oprimem. É ela quem sempre estará pronta a segurar a mais pesada “barra” por mim. É ela quem sempre fez e fará tudo para que eu cresça a melhor cidadã possível. É ela quem me ensinou a engatinhar e me levantou nos tropeções. E será ela quem sempre estará em todos esses momentos, sejam eles alegres ou tristes.
  A minha vida inteira eu a agradeci por tudo que ela fez por mim e sei que nunca pararei de fazer isso, porque ela merece um “obrigado” em todos os dias de sua vida; A minha vida inteira eu a enchi de beijos e abraços e, dou a minha palavra, de que farei isso por ela até o último dia de sua vida; A minha vida inteira tive discussões com ela, mas eu sei que se essas não tivessem ocorrido, eu não seria quem eu sou hoje. A minha vida inteira eu contei os meus segredos, meus anseios e minhas dúvidas a ela, e é certo de que farei isso até o último dia da minha vida; A minha vida inteira eu a amei, mesmo que por vezes, ocultamente, e sei que a amarei até quando ela já não estiver mais comigo; A minha vida inteira agradeci a Deus por ter um alguém tão lindo e abençoado como minha mãe, e com certeza agradecerei o quanto for preciso por isso.
Nem sempre fazemos o que elas querem. Muitas vezes somos rebeldes e não damos bola para o que elas falam. Logo que fazemos alguma besteira, é para elas que corremos e pedimos um colo, um consolo. São as nossas mães que acompanham cada fase da nossa vida e participam de cada uma delas. A minha mãe acompanhou cada momento da minha vida. Ela me ensinou a andar, me ensinou a falar, me ensinou a tropeçar e levantar, me ensinou a não falar com estranhos e muitos menos aceitar qualquer coisa deles, me ensinou a não acreditar em tudo o que me dizem, me ensinou a ter respeito com as pessoas, me ensinou a lavar a louça, me ensinou a fazer aquela sobremesa que na verdade só ela sabe fazer, me ensinou a não retrucar o meu irmão nas horas erradas, me ensinou a não falar alto com ela, me ensinou a ser uma cidadã de bem.
Hoje, eu com 16 anos e ela com 46, eu posso dizer que ela é a minha melhor amiga. Porque antes de conhecer qualquer outra pessoa, foi ela quem eu conheci, portanto é nela em quem eu mais posso confiar. Esses 30 anos de diferença entre nós, não muda em nada. Muitas vezes eu tenho 46 e ela 16, e esse é o legal da nossa relação, pois trocamos de papel e mesmo assim continuamos nos respeitando. E daqui a um ano e meio, eu poderei dar a ela muito orgulho, o orgulho que toda mãe quer sentir um dia na vida. Vou me formar no terceiro ano do Ensino Médio e vou passar no vestibular, porque assim darei a ela a certeza de que todos esses anos de esforço valeram a pena. E isso é o mínimo que poderei fazer por alguém que me deu a vida e me ensinou o melhor caminho para segui-la.
Neste dia, e não apenas neste, eu desejo a todas as mães toda a felicidade do mundo. E quero que saibam que nunca desistam de nós, porque se vocês desistirem, nós também desistiremos e tudo perderá o sentido. Cada filho ama a sua mãe de uma maneira diferente, portanto nunca pensem que nós não as amamos, porque, ao contrário disso, nós as amamos muito. E quero falar um “eu te amo” especial para a minha mãe, que é a pessoa mais importante da minha vida. Eu te amo! 

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